O que nos espera após a morte?
Uma fábula que nos fala sobre o futuro com profunda sabedoria
Ouvi diversas vezes que após a morte, há um grande assunto a resolver nos esperando. Mas o que será que de fato nos espera? Para responder a isso, gostaria de contar uma fábula, que faz parte da sabedoria oriental.
Era uma vez, um homem muito rico. Tinha dinheiro, tesouros e até um castelo. Além disso, tinha quatro esposas que chegavam a dar inveja ou até mesmo raiva.
Um dia, o homem teve que viajar para longe. Mas como se sentia solitário ao viajar sozinho resolveu levar suas esposas junto.
A esposa com quem o homem mais se afeiçoava era a primeira. Se ela quisesse alguma roupa, sapato ou joia o homem logo lhe comprava. Se ela lhe pedisse algo que queria comer, ele logo lhe trazia. Assim, o homem pensou que certamente deveria levá-la consigo. Porém, ao explicar a situação à mulher, ela lhe respondeu que com uma expressão fria: “Não vou lhe acompanhar até tão longe assim. Só nos damos bem porque eu estou aqui. Vá sozinho.”
Surpreendido pela recusa da primeira esposa, o homem, sem escolha, decidiu convidar a segunda. A segunda esposa com quem ele mais se afeiçoava, para não ser roubada por outra pessoa, vivia num lugar seguro. Ao falar sobre a viagem, ela lhe respondeu, recusando rapidamente: “Se nem sua primeira esposa lhe acompanhará, por que eu devo ir?”
O homem ficou triste com tudo isso, mas foi visitar a terceira esposa. Com esta não era tão carinhoso quanto com a primeira e a segunda, mas sempre se preocupava e algumas vezes fazia as refeições com ela. Era um esposa com quem dividia alegrias e também tristezas. Ela ficou triste e lágrimas escorriam pelo seu rosto, porém disse a ele que poderia segui-lo apenas até o portão do castelo, mas nada além disso.
Por último, o homem foi até o lugar onde estava a quarta mulher, praticamente abandonada. Quase esquecendo da sua existência, ele nunca conversava com ela. Como ele só a visitava quando lhe era conveniente, ela ficava sempre de costas para ele, talvez por estar com raiva. Achando que logo seria rejeitado, ele a perguntou se ela poderia lhe acompanhar. Dito isso, para a surpresa dele, ela lhe respondeu que o acompanharia com alegria. Então, ao virar para ele, seu rosto era muito escuro, como se estivesse sujo. O homem, espantado, pensou com arrependimento: “Eu tenho que ir com essa mulher desse jeito?”
Qual é o significado da metáfora?
O que será que essa metáfora das esposas quer dizer? Vou explicar em ordem. A longa viagem que o homem deve fazer representa sua morte se aproximando.
A primeira esposa é o nosso corpo. Mesmo comendo o que gostamos ou cuidando da nossa saúde, quando morremos devemos abandonar nosso tão precioso corpo.
A segunda esposa representa o dinheiro e nossos bens. Também não podemos levar isso conosco quando morremos.
A terceira esposa é a nossa família. Quando morremos, nossos familiares ficam tristes, choram, mas também não podem nos acompanhar nesta viagem.
A quarta esposa é o que fizemos na nossa vida, a nossa herança de atitudes e omissões. Poderia ser o que na filosofia budista é conhecido como carma. São as ações e omissões que não se apagam, voltando para nós. Essa é a famosa lei da causa e efeito, o carma.
Assim, é esse acumulado de coisas, essa mancha escura, que decide para onde iremos após a morte. Essa é a questão essencial. Nós costumamos viver deixando a morte de lado, sem refletir sobre o que virá depois dela. Entretanto, deveríamos ter olhos de maior preocupação com relação ao que nos acompanha no futuro.
Então, como será o rosto da sua quarta esposa?
Seguimos juntos.🙏🏼
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Suellen Trianda
Mãe esforçada, madrasta em treinamento, empreendedora teimosa, escritora de textões, apaixonada pelo Alê, mantida à base de chocolate, movida pela fé e pela busca de respostas para tudo que sentimos e pode ser explicado.
Ainda te vejo no meu Insta @suellentrianda
#caixaderespostas
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